41% dos trabalhadores do Reino Unido admitem usar o WhatsApp para fins de trabalho, apesar de ser contra os termos legais de serviço do WhatsApp usá-lo de maneiras que envolvam qualquer uso não pessoal.
Esse número sobe para 53% para pessoas com menos de 45 anos e, na Grande Londres, a porcentagem que usa o WhatsApp profissionalmente chega a impressionantes 58%.
Esses números vêm de uma nova pesquisa revelada pelo Guild, um aplicativo de mensagens desenvolvido para profissionais e empresas.
Esse uso viola os próprios termos legais de uso do WhatsApp. Além disso, alguns recursos do WhatsApp podem não estar em conformidade com a regulamentação de privacidade, como o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) e outras obrigações legais, como a manutenção adequada de registros no que diz respeito a funcionários, clientes, fornecedores e partes interessadas.
Na semana passada, a GAA (Gaelic Athletic Association) da Irlanda juntou-se a outras organizações para proibir o uso do WhatsApp por seus clubes porque o WhatsApp não é compatível com o GDPR. Além disso, o ‘material inadequado’ não pode ser removido do WhatsApp pelos administradores, o que cria problemas de proteção.
David Naylor, sócio do escritório de advocacia Wiggin, especializado em mídia, tecnologia e propriedade intelectual, confirmou:
“É difícil ver como o WhatsApp pode alegar ser totalmente compatível com o GDPR e é contra os próprios termos de uso do WhatsApp usá-lo para fins de trabalho. As empresas estão assumindo riscos se permitirem que os funcionários usem aplicativos de mensagens do consumidor que operam completamente fora de sua governança, impossibilitando a proteção dos dados da empresa ou o cumprimento de suas próprias obrigações de proteção de dados.”
“É improvável que os usuários do WhatsApp saibam que a plataforma não é para uso comercial”, disse Ashley Friedlein, CEO e fundadora da Guild. “No entanto, as empresas não podem se esconder atrás da ignorância ou fechar os olhos. Eles precisam educar seus funcionários sobre a importância de usar plataformas projetadas para uso profissional que forneçam os níveis necessários de controle e conformidade regulatória”, concluiu.