O chefe da Apple, Tim Cook, destacou as atitudes positivas de dados de sua empresa novamente, lembrando ao mundo a preocupação da gigante da tecnologia com a privacidade de seus usuários.
Em uma entrevista recente à ABC, Cook disse a Diane Sawyer que o estado da coleta de dados no setor de tecnologia está em “crise”, acrescentando que “a própria privacidade se tornou uma crise”.
As fortes declarações vêm em um cenário de turbulência para outras empresas do setor, com o Facebook e o Google travando batalhas de alto nível por transgressões de violação de dados.
Tim Cook enfatizou que a Apple não está interessada em coletar dados dos usuários, simplesmente porque aquele não é seu produto – a preocupação da Apple é vender aparelhos.
“Você não é nosso produto. Nossos produtos são iPhones e iPads. Valorizamos seus dados, queremos ajudá-lo a manter [esses dados] privados e seguros”, disse Cook.
As palavras do chefe de tecnologia retomam o tom definido no Time 100 Summit, no qual Cook destacou a necessidade de a tecnologia ser “regulamentada” pelo governo.
“Existem muitos exemplos em que [a falta de regulamentação] resultou em um grande dano à sociedade”, disse ele durante a conferência em abril.
Até agora, os negócios da Apple dependiam da venda de gadgets e dispositivos eletrônicos aos milhões em todo o mundo, mas a empresa agora está mudando para receitas baseadas em assinaturas. Para ilustrar o valor desses novos fluxos de caixa, a Apple Music e a Apple Pay responderam por US$ 11,5 bilhões das vendas da empresa no último trimestre, enquanto a receita do iPhone caiu em comparação com os anos anteriores.
O novo plano da Apple envolverá a introdução de novos produtos focados em software, como Apple TV+, Apple News+, Arcade e um cartão de pagamento. O esforço da empresa em direção a um futuro com dados mais éticos está ajudando a ilustrar como agora é legal cuidar da privacidade.